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sábado, 18 de setembro de 2010

Mortalidade infantil em Garruchsos


CRIANÇAS NÃO MORREM
Floribela
Composição Rick Bonadio

Sabem que as crianças
São anjos sem as asas
Que o céu nos manda pra iluminar a vida

Anjos que nos mostram
Onde está o caminho,
Da felicidade,
Do nosso destino

O sorriso de criança
É como uma estrela
Que brilha tão distante,
Traz a esperança
Faz nascer o sonho,
Traz a alegria
E nos damos conta que seguimos vivos...

Crianças não morrem...
Só vão para o céu
Colocam suas asas,
Acendem a alma
E voam tão perto...

Crianças não morrem
Se vão por um tempo
Descem das nuvens
E nascem de novo
Em outro pequeno

Crianças nesse mundo hoje passam fome,
Sofrem com o frio, por faltar um teto
Choram então a terra tambem choram o céu
Quando uma criança fica em silencio

Pequeno anjinho...
Alma pura de pequeno,
Não vai embora
E fica comigo
Porque eu te presiso


Coloquei a letra desta música, com o coração partido, para fazer uma abertura e uma reflexão sobre o que vem ocorrendo em nosso município e refletindo não pude deixar de me comover ao pensar no que esta pequenina e curta vida deixou.

Mais um anjinho que volta ao céu sem iluminar a vida de sua mamãe.
Mais uma mãe que chora, junto com o pai, com a vovó e assim todos nós choramos por dentro, solidários a esta tristeza.

Não conheci esta mãe que não teve seu sonho realizado, que não pode ver o primeiro sorriso do seu filinho, o primeiro dentinho, os primeiros passos e aquela doce voz que um dia iria dizer MAMÃE!
Porque as crianças morrem? Na realidade elas também deveriam ter a oportunidade de serem bebes, crianças, adolescentes e adultos, contribuírem com a história. Deveriam ter a chance de sorrir, chorar, aprender, ensinar, serem pais ou mães, homens ou mulheres, responsáveis ou irresponsáveis.

De acordo com os índices da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), no ano passado, de cada mil nascidos no Estado, 11,52 registraram óbito antes de completar um ano. Assim, o coeficiente de mortalidade infantil (CMI) do Estado foi de 11,52. Ao todo, foram 133.570 e 1.539 falecimentos precoces.
A morte de crianças menores de um ano é diretamente influenciada por condições de pré natal, gravidez, história materna, conduta e doenças maternas, ruptura precoce de membrana, gemelaridade, idade materna, consangüinidade, procedimentos perinatais, mortalidade perinatal, condições e tipo de parto, síndrome da morte súbita, estado marital, intervalo entre partos, fatores interpartais, diferenças raciais materna e infantil condições sócioeconômicas, prematuridade, baixo peso ao nascer, más formações côngenitas, mães portadoras do HIV e de outras doenças infecto contagiosas e outros. Há um estudo que aponta uma relação direta entre a morte de crianças e a escolaridade das mães. Há também outros que apontam para a questão da falta de saneamento básico, deficiência da saúde pública, falta de políticas de prevenção, uso indevido de medicamentos e/ou drogas na gestação, maus tratos, negligência, etc. Com raríssimas exceções, todos os casos estão vinculados à população de baixa renda, que não tem acesso as políticas públicas, ou estas políticas não atendem às demandas existentes, blá, blá, blá e mais blá, blá blá.

Imagem retirada do site http://sistemas.aids.gov.br/mediacenter/galeria/albums/album-87/hr/

Se você for perguntar a um administrador público ou alguém que não vê o episódio da morte de uma criança como uma falta de responsabilidade do setor público, ele irá responder com alguma destas frias justificativas acima mencionadas. Tudo blá, blá, blá, de pessoas sem sentimento pela dor de uma família e sem qualquer responsabilidade sobre aqueles que estão sobre sua tutela.

Este não é o único caso de mortalidade infantil nos últimos anos e esta seqüência de falecimentos deveria criar um alerta dentro dos setores responsáveis do nosso município, mas não estamos vendo qualquer iniciativa. Existe realmente o pré natal como foi citado acima? Aonde esta o atendimento do PSF fora do Posto de Saúde? Será que os Agentes de Saúde estão fazendo suas visitas? Quanto tempo vai durar o atendimento deste novo médico? Porque falta tanto medicamento na farmácia do município? E a Unidade Móvel de saúde por onde anda? E pra completar será verdade que o Posto de São José Velho está fechado? Está última pergunta merece a participação da comunidade de São José Velho aqui neste blog, aguardo um e-mail dos amigos sobre este assunto, não deixem isto acontecer, vocês não podem ficar sem um atendimento neste local.
A Saúde de Garruchos era considerada um exemplo em nossa região há bem pouco tempo atrás, todos devemos concordar, mas afirmo que ainda é um exemplo, ou seja, um PÉSSIMO EXEMPLO.

Estamos com o quarto médico e a segunda secretária de saúde em menos de dois anos, veículos novos sucateados, a ampliação do Posto de Saúde prometida ainda não aconteceu, Posto de Saúde de São José fechado e atirado aos ratos, falta de medicamentos, não temos médico nos finais de semana, etc.

Chega

de

BLÁ, BLÁ, BLÁ!


Chega de “ADMINISTRANDO O FUTURO”, é hora de administrar o presente.
Vamos botar os pés no chão e reconhecer os erros e transformá-los em ações. Nós não merecemos o que está acontecendo.

As mães desta cidade deverão ver seus filhos crescer, apesar de todas as carências que aqui temos é um direito de todos. As mulheres tem o direito de ser mães, com a garantia que estarão assistidas pelos órgão públicos, sem a preocupação de estarem propensas a colaborar com o triste índice da mortalidade infantil.

...O sorriso de criança
É como uma estrela
Que brilha tão distante,
Traz a esperança
Faz nascer o sonho,
Traz a alegria
E nos damos conta que seguimos vivos...


Demais fotos retiradas do site http://www.google.com.br/images

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